quinta-feira, 7 de maio de 2009

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que
poderia ser nosso pelo simples medo de tentar.
William Shakespeare

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Insana

A chuva batia nos óculos, escorria, molhava-me, o cenário era triste, a música que ouvia também. Não precisava nem fazer esforço, sabia que algo ruim corroeria meu corpo e me faria campanhia hoje. Dava ate vontade de rir, como pode alguém gostar de tal sentimento? Cheguei à conclusão de que é bom, depois o riso vem melhor, fica mais gostoso, sadio.
Chorei, não agüentei, malditos sentimentos, me sinto sensível, frágil. Odeio gente enjoada, mas acabo me tornando, mesmo que seja momentaneamente, uma.
Aquela vontade de rir de mim mesma aumentou, então ri. Lembrei do que havia escrito, realmente, senti meu riso sadio, vivo, gostoso. Meu riso inundou os ouvidos de quem passava. Muitos me chamaram de histérica. Quem sou eu para negar se sempre me contesto, digo e repito que loucura é a essência da alma? Sou louca...?
Sou louca e não há quem conteste. Todos adoram minha loucura e até meus devaneios. Os divirto e me felicito.
Daí percebo que existe mais felicidade em minha vida do que eu vejo. As vezes sou cega por simplesmente não querer enxergar.

*Falta de congruência ou o que seja em meu texto. É, estou confusa. E quando isso acontece não da pra enganar :~

domingo, 3 de maio de 2009

Nunca sai de mim

Platônico, até pode ser, mas não é normal o que eu sinto por você. Em todo lugar e a qualquer hora eu só penso em você, só vejo você. Em cada pessoa procuro por você, não queria, virou hábito. Fazer o quê? Não vejo outra saída para nós duas, o melhor é me mudar, me recriar, me perder... pode ser. Quiçá amanhã sorrir, só não quero mais ter que lembrar.
Tento te tirar da minha vida, você prometeu não mais incomodar, mas em um minuto você ri, no outro chora, você diz que vai embora, mais nunca sai de mim. Sendo assim, por mais que eu queria deixar de lembrar, você cutuca (não levem pro lado maldoso da coisa), parece que gosta. Ignorei e mais uma vez gostei. Lembranças ao porta-retrato!

Sem título

Por muito tempo eu escondi quem eu realmente era, não por vergonha e nem medo de mostrar quem sou, apenas por não ter um momento correto de demonstrar tudo. Eu posso ser muito mais do que você espera e muito menos do que você acha, mas eu não me importo; Agora eu quero viver minha vida sem saber o que vai acontecer, eu quero me surpreender. Se você ainda não descobriu, vai descobrir as maravilhas que a vida tem... Cada uma é diferente e elas estão escondidas nas coisas simples da rotina. Dê valor a quem te ama e descubra quem é realmente verdadeiro em quem você pode realmente confiar para não se arrepender como um dia eu já me arrependi. Valorize ainda mais aqueles que você ama porque é com eles que você vai querer passar os melhores momentos da sua vida; E da vida nada se leva então aproveite muito. Podemos pensar que conhecemos as pessoas, mas nunca as conhecemos por completo, afinal se leva uma vida inteira para se conhecer; Ninguém é o que aparenta ser. Eu não sou diferente nem normal, sou algo inteiramente novo com meus próprios costumes. Só estou procurando alguma maneira diferente de me sentir bem, de me sentir melhor.

Shakespeare

"SER FELIZ integralmente, e ser de todo o corpo e toda carne, de toda transbordação, pra que tua alegria inunde também o externo"
(Shakespeare)

Passou

tô morrendo de sono e na casa dos outros. vou escrever só um e se tiver erros de português (eu tenho preguiça de por acento dik), nao liguem :)

Ele não entrou direto como de costume. Bastava tocar a campainha. Agora nem isso, ele me gritou como se realmente fosse necessário falar comigo. Fiz sinal para que esperasse, desci correndo e no instante em que abri a porta percebi que gostava do que estava vendo e meu coração pulsava suavemente como se estivesse reconfortado.
Enquanto eleentrava eu ia tentando arrumar o que estava ao meu alcance. Não esperava visitas. Antes dela chegar me encontrava revendo antigas fotos e sem perceber eu ria espontanêamente como se tudo tivesse sido vivido ontem.
Sentou-se na minha frente e por alguns instantes me observou guardar meu refúgio, que agora levava sempre comigo. Estava tão silencioso que quase havia me esquecido de Pedro; ele apenas me observava e parecia me julgar, mas ao olhar de uma criança, puro e inocente.
Nos olhamos por alguns minutos, os quais pareciam se arrastar no tempo e realmente eles se arrastaram, já estavamos nos olhando, nos julgando e tentando encontrar as palavras certas que provavemente seriam as erradas há uma hora. Quando suspeitei em mexer meus lábios e falar que o silêncio não me incomodava e que eu realmente gostava da companhia dele, apesar de estarmos perto e ao mesmo tempo longe, ele abriu um largo sorriso e arrisco em dizer que ouvi um pequeno riso. Bastou para me calar. Qualquer palavra estragaria aquele momento.

Dedicado ao meu amigo, Pedro. te amo.

Não complique tanto

Somente viva, arrisque-se, grite, pule, fale, mas fale muito e alto, para que todos então possam te ouvir claramente sem ter que ler nas entrelinhas (ou entre-linhas com a reforma fiquei sem saber). Por que não fazer tudo que te da na telha? Medo? Diga-me quem nunca sentiu um frio na barriga e lhe direi que tal pessoa não vive. Qual a graça da vida se não nos sentirmos inseguros de vez em sempre? Ou de vez em quando.
Abra os braços e descubra a vida. Mas vá correndo, pois a vida pode decidir não esperar.

29/01/09

As saídas com os amigos sempre me deixaram deslocadas, apesar de serem amigos. Sem força de vontade pra entupir meu rosto com um sorriso falso, daqueles que, pra quem olha, está tudo certo, tudo ótimo. Talvez se eu parasse de analisar e comparar, se eu parasse de revirar, de me culpar... Tudo seria diferente. Talvez eu até pudesse recomeçar. Mas logo a ideia (agora sem acento ¬¬) se desfaz, ainda há o que fazer, o que consertar, mas eu mesma não me deixo acertar.
Foi divertido -pensei sarcasticamente- o papo na fila do cinema. O filme conseguiu, de uma certa maneira, me entreter, mas mesmo assim não conseguia desviar o pensamento. Engraçado, não pensava em nada de importante. Coisas bregas, que pessoas normais achariam clichê. Ao acabar, me despedi e corri em direção ao carro de meu pai. Me sinto segura com ele.
Pensando nas minhas últimas palavras comecei a chorar. Minha irmã me abraçou tão forte que achei que minhas lágrimas fossem de alegria. Decidi que ninguem precisava sofrer comigo, basta sofrer em silêncio, me fechar como uma concha. Fui chorar no banheiro, lugar costumeiro. Sentei-me e pensei em como estava sendo egoísta ao deixar meu pai preocupado comigo; Mais cedo ele havia perguntado se estava tudo bem e menti dizendo que não poderia estar melhor. Eu o amo tanto, só queria que ele soubesse disso, sentisse isso. Mas para demonstrar o quanto o amo.. ou até mesmo amo outra pessoa, preciso me reconhecer, me merecer.

Se for assim... II

Sinto lhes dizer que o que escrevi, hoje não passa de um lapso. Já não vale mais lembrar o que um dia passei e se um dia amei. Sentimento ilhado, morto e amordaçado não incomoda mais. Se um dia chorei, não foi por querer. Chorei, pois foi me dada à opção da felicidade, então me perguntei: Por que não? Apeguei-me rápido a aquele sentimento que me inundava e ao mesmo tempo me viciava. Tudo era tão bom, mesmo quando havia mais conflitos do que prazer e até mesmo a própria felicidade. Senti-me estranha, excluída. Fizeram-me ser alguém quem não sou. Quebrei o elo que um dia jurei ser inquebrável e gostei. Hoje me pergunto porque não havia feio isto antes... Talvez medo, insegurança, quem sabe? O que me prendia era o medo de perder algo o qual já havia me acomodado, o chamei de convivência.
E foi rindo que me deparei com a felicidade logo após o termino de uma suposta relação. Libertei-me do que julgava ser a própria liberdade. Ainda amo, mas amo como amo meu porta-retrato. Nele guardo apenas boas lembranças.

(cont.) Se for assim...

Sentimento ilhado, morto e amordaçado volta a incomodar.

Se for assim...

Neste capítulo, talvez alegria, talvez confusão.
Um coração inteiro dado à você pela pessoa que se ama é o melhor presente que se pode ganhar. Entretanto, o meu presente foi
melhor. Foi o melhor dos presentes até hoje recebidos. Eu ganhei metade de um coração feito de papel de bala e carinhosamente rasgado ao meio por quem eu ainda não aprendi a deixar de amar. Pode ser que ela seja meu carma, talvez não. Carma, algumas vezes, indica algo ruim. no meu caso, interpretem como alguma coisa no meio termo, com suas vantagens e desvantagens, devo admitir.
No canto do caderno, não mais desenho pequenas estrelas com seus raios cintilantes cor prata, nem cubos, ou qualquer coisa do tipo não emocional. Decidi que seria melhor trocá-los por pequenos corações, geralmente dois, ao lado da data.
Reencontrá-la fez meus olhos saltarem de excitação e talvez até surpresa; Minhas mãos gelaram quando a abraçei forte após longos cinco meses. Não imaginei que fossemos voltar a se falar, muito menos o que veio após o abraço.
Dormi sorrindo, sonhei sorrindo, acordei confusa. Efeitos colaterais? Estava torcendo para ser apenas consequência... E que tal fosse durar. Seria muito ruim voltar aos velhos dias. Levantei, estava atrasada para a vida.