domingo, 3 de maio de 2009

29/01/09

As saídas com os amigos sempre me deixaram deslocadas, apesar de serem amigos. Sem força de vontade pra entupir meu rosto com um sorriso falso, daqueles que, pra quem olha, está tudo certo, tudo ótimo. Talvez se eu parasse de analisar e comparar, se eu parasse de revirar, de me culpar... Tudo seria diferente. Talvez eu até pudesse recomeçar. Mas logo a ideia (agora sem acento ¬¬) se desfaz, ainda há o que fazer, o que consertar, mas eu mesma não me deixo acertar.
Foi divertido -pensei sarcasticamente- o papo na fila do cinema. O filme conseguiu, de uma certa maneira, me entreter, mas mesmo assim não conseguia desviar o pensamento. Engraçado, não pensava em nada de importante. Coisas bregas, que pessoas normais achariam clichê. Ao acabar, me despedi e corri em direção ao carro de meu pai. Me sinto segura com ele.
Pensando nas minhas últimas palavras comecei a chorar. Minha irmã me abraçou tão forte que achei que minhas lágrimas fossem de alegria. Decidi que ninguem precisava sofrer comigo, basta sofrer em silêncio, me fechar como uma concha. Fui chorar no banheiro, lugar costumeiro. Sentei-me e pensei em como estava sendo egoísta ao deixar meu pai preocupado comigo; Mais cedo ele havia perguntado se estava tudo bem e menti dizendo que não poderia estar melhor. Eu o amo tanto, só queria que ele soubesse disso, sentisse isso. Mas para demonstrar o quanto o amo.. ou até mesmo amo outra pessoa, preciso me reconhecer, me merecer.

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